By julho 27, 2024

Visitas permitem estreitar relacionamentos e somar esforços em favor da agenda

Em junho, o Boi na Linha promoveu uma breve imersão em estados da região Norte do País. Estivemos no Acre, Amazonas e Rondônia para a realização de oficinas e reuniões com diferentes atores da cadeia produtiva da pecuária para apresentar o Programa Boi na Linha e discutir sobre as potencialidades e fragilidades do setor. 

Em Rio Branco conversamos com a Secretaria de Estado de Agricultura, com o Instituto de Meio Ambiente, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal, o Ministério Público Federal,  e a Federação de Agricultura e Pecuária e tivemos a oportunidade de obter informações sobre projetos que integram órgãos estaduais e produtores rurais e que têm conseguido reduzir o desmatamento na região. Observamos, ainda, que há interesse dos órgãos em avançar com a legalidade socioambiental da pecuária, mas a regularização fundiária, capacidade de infraestrutura do estado e a realidade socioeconômica dos produtores são desafios importantes na região.

Do Acre fomos para Boca do Acre, município do Amazonas, onde nos reunimos com o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável, responsável pela assistência técnica a pecuaristas de pequeno e médio portes. Conversamos também com a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal e, na sede da Universidade do Estado do Amazonas, com Sindicato Rural, Secretarias de Produção, Abastecimento, Pesca e Pecuária e Meio Ambiente e Defesa Civil, Associação dos Agropecuaristas, lideranças indígenas Apurinã, e representantes da Câmara Municipal e de organizações do terceiro setor, que compartilharam os desafios da regularização socioambiental, evidenciando a problemática da regularização fundiária.

“Ouvimos muitos relatos de embargos ambientais. Explicamos, então, as regras de desbloqueio previstas no Protocolo Boi na Linha”, comentou Guilherme Whyte, Coordenador de Projetos e Serviços do Imaflora. Guilherme falou ainda sobre a necessidade apontada nas conversas de oficinas de capacitação para pecuaristas da região que desejam ampliar os conhecimentos sobre regularização socioambiental.

Em Rondônia, conversamos com a Agência de Defesa Sanitária Agrossilvipastoril, a Secretaria de Agricultura, a Federação de Agricultura e Pecuária, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental, a Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural e com o Ministério Público Federal. Lá também ouvimos sobre os desafios da pecuária, especialmente no que diz respeito à regularização fundiária e à morosidade de alguns órgãos governamentais. Nas nossas conversas destacamos a importância de promover oficinas com os pecuaristas para construir o correto entendimento de que a regularização socioambiental e a produção podem caminhar juntas.

“A ideia é realizar oficinas para explicar sobre as formas de desbloqueio, além de dialogar com órgãos governamentais e entidades privadas para destravar a regularização socioambiental e promover a reintegração de produtores na cadeia de valor da carne bovina”, explicou a Assistente Socioambiental, Sofia Bosque.

Por fim, em Ji-Paraná – RO, realizamos a oficina do Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado da Amazônia 2.0. Contamos com a presença de 37 pessoas, entre representantes de frigoríficos, pecuaristas, consultores ambientais e órgãos governamentais. Explicamos os critérios do Protocolo, falamos das regras de bloqueio e desbloqueio, focando nas alterações da versão 2.0 e coletamos sugestões e pedidos que serão discutidos na Câmara Técnica do TAC.

Encontro permitiu encontrar diversos profissionais da cadeia de valor da carne bovina

As imersões Boi na Linha são uma oportunidade de estreitar o relacionamento com os diversos órgãos e atores da cadeia da carne nas áreas de atuação do Programa. Ao longo do ano teremos outros momentos como este.